- Área: 250 m²
- Ano: 2019
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Fotografias:Haruo Mikami
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Fabricantes: Gallery tapetes, MAIS VIDROS
Descrição enviada pela equipe de projeto. Pensada inicialmente como um local de encontro e descanso, a Casa de chá projetada por Oscar Niemeyer na Praça dos Três Poderes em Brasília foi um dos pontos mais agitados de Brasilia na década de 70 e 80. A construção semi-enterrada com 250 m² a poucos metros do Palácio do Planalto em Brasília, era um cenário de festas na capital. Interferências políticas e falta de arrendatário foram responsáveis pelo fim dos encontros e pelo consequente abandono. Em 1994, o espaço virou um Centro de Atendimento ao Turista (CAT), que ficou aberto por seis anos, mas fechou pelo risco de o teto desabar.
Esteve fechada por 10 anos e reabriu em 2010 novamente como CAT após uma reforma estrutural. A casa atualmente atende visitantes e turistas que circulam todos os dias pela Praça dos Três Poderes. A secretaria de Turismo e Unesco convidaram recentemente a equipe da BLOCO arquitetos para fazer a curadoria do CAT que escolheu o arquiteto Samuel Lamas para assinar o mobiliário do espaço. O objetivo era restaurar o projeto de Oscar Niemeyer, honrando o passado, e mobiliar o espaço com peças contemporâneas que se conectam com a estética e o espírito modernista da capital.
O mármore branco do piso e paredes foi revitalizado, as esquadrias limpas, teto e pilares receberam nova camada de tinta com as cores do projeto original. A ambientação contempla um estar central para que o visitante aprecie a amplitude espacial e monumentos com um conjunto de sofás e poltrona "Sonia", mesa de centro e banco "Ruy" e mesa lateral Caroline. A espera recebeu um sofá Deia, uma poltrona Sandra, mesa de centro Jamile e mesa lateral "Janice". Um ambiente reservado para apresentar a cidade aos turistas com mapas e livros recebem uma mesa Caroline , cadeiras "João" e estante "Carlos".
Com simplicidade e raciocínio arquitetônico, os móveis que levam nomes tipicamente brasileiros, apresentam delicados perfis metálicos que alcançam a máxima leveza sem comprometer a funcionalidade. O uso da geometria e das formas puras são exploradas nas peças: as barras de ferro aparecem como se fossem colunas soltas no espaço e amarradas entre si por outros perfis. As superfícies são de madeira e a tapeçaria em couro natural em tons terrosos.